Sabe quando você faz um trabalho bem feito e espera ser reconhecido por isso? Pois é exatamente isso que está acontecendo no Internacional. O lateral argentino Braian Aguirre resolveu cobrar uma promessa que a diretoria colorada fez no início do ano, e agora a situação virou um verdadeiro imbróglio nos bastidores do Beira-Rio.
A oportunidade que mudou tudo
Tudo começou quando Bruno Gomes se machucou logo na estreia do Campeonato Gaúcho. E não foi qualquer machucado, não – foi uma ruptura dos ligamentos do joelho, daquelas que deixam qualquer jogador pelo menos seis meses parado. Com isso, Aguirre ganhou a chance de mostrar serviço.
E cara, como ele aproveitou! O argentino não só assumiu a posição como se tornou peça fundamental no esquema do técnico Roger Machado. Velocidade, entrega física, vontade de jogar – tudo que um treinador quer ver em campo. Não é à toa que virou titular absoluto.
A promessa que não saiu do papel
Mas aqui vem a parte interessante da história. Segundo informações que circulam no clube, logo depois da lesão do Bruno Gomes, a diretoria teve uma conversa com o Aguirre. A mensagem foi bem clara: “Se você conseguir suprir a ausência do titular, vai ser valorizado financeiramente na metade do ano”.
Parece justo, né? O problema é que já estamos bem adiantados na temporada e essa valorização não apareceu. Por isso, o representante do jogador resolveu tomar a iniciativa e formalizou o pedido de aumento salarial.
Torcida dividida e clima tenso
Como era de se esperar, a torcida colorada ficou dividida. Uma parte entende que o jogador merece o reconhecimento – afinal, está fazendo um trabalho exemplar. Já outros acham que não é o momento certo para esse tipo de cobrança.
E olha, dá pra entender os dois lados. Por um lado, o Aguirre cumpriu a parte dele do acordo. Pegou uma situação difícil e transformou em oportunidade. Por outro, o clube também tem suas limitações financeiras, especialmente num momento de reconstrução.
O que está em jogo
A situação vai muito além de um simples pedido de aumento. Estamos falando de credibilidade da diretoria, clima no vestiário e até mesmo do futuro do jogador no clube. Imagina se outros atletas começam a questionar promessas não cumpridas?
Bruno Gomes só deve voltar entre setembro e outubro, então o Aguirre ainda tem muito tempo pela frente como titular. Manter o cara satisfeito pode ser decisivo para o restante da temporada.
Números que impressionam
Desde que assumiu a titularidade, o lateral argentino não decepcionou. Sua velocidade pela ponta tem sido uma arma importante no esquema tático do Roger Machado. O técnico encontrou em Aguirre características que se encaixam perfeitamente na proposta de jogo do Internacional.
Não é só impressão de torcedor não. O desempenho do jogador tem sido consistente jogo após jogo, mostrando que não foi apenas um “flash” momentâneo. Essa regularidade provavelmente foi um dos fatores que motivaram o pedido de valorização.
O dilema da diretoria
Agora a diretoria colorada está numa sinuca de bico. De um lado, tem um jogador que está cumprindo – e muito bem – o que foi prometido. Do outro, precisa equilibrar as contas e manter o clima harmonioso no grupo.
Não é fácil administrar essas situações. Principalmente num clube com as dimensões do Internacional, onde cada decisão repercute dentro e fora de campo. A forma como vão resolver isso pode virar referência para futuras negociações.
E agora, o que vai acontecer?
O clube deve se posicionar em breve sobre o caso. Essa resposta vai ser um termômetro importante de como o Colorado administra suas relações internas, especialmente neste momento de reconstrução.
Uma coisa é certa: a atenção sobre Aguirre vai muito além das quatro linhas. O desenrolar dessa situação pode influenciar não só o desempenho do jogador, mas também a confiança que outros atletas têm na palavra da diretoria.
Afinal, promessa é dívida, né? E no futebol, assim como na vida, a credibilidade é algo que se constrói aos poucos, mas pode ser perdida de uma hora para outra.
Reflexão final
Casos como esse mostram como o futebol moderno vai muito além do que acontece em campo. Questões contratuais, promessas, expectativas – tudo isso faz parte do dia a dia dos clubes.
O Internacional terá que encontrar um meio-termo que satisfaça tanto o jogador quanto as limitações financeiras. Seja qual for a decisão, ela certamente será observada de perto por todo o elenco.
E você, o que acha? O Aguirre tem razão em cobrar a promessa ou deveria ter mais paciência? Uma coisa é certa: situações como essa testam a maturidade e a organização dos clubes brasileiros.
